Treinamento no Karatê

Treinamento no Karatê

      O karatê é dividido em 3 partes: o kihon (treino dos fundamentos), o kata (sequência de fundamentos simulando uma situação real) e o kumité (combate propriamente dito). O treino do karatê, assim como o do judo, deve ser intervalado, respeitando a relação esforço pausa, que é similar. O treino intervalado consiste em uma sequência de fundamentos intensos intercalada por um repouso ativo. O treino também deve respeitar a área da competição, primando pela técnica pura para a exibição do kata ou então pela explosão e potencia no kumité.

       Assim como outros esportes de combate, o karatê respeita a relação esforço-pausa (E:P). A relação E:P do karate é 10:30, ou seja, são 10s de esforço intenso intervalado por 30s de recuperação ativa. Essa marca á de extrema importancia para a criação de um treinamento efetivo para uma competição. O treino do karatê deve ser específico para a parte do macrociclo que está localizado e quais as aptidões serão reforçadas.

    Exemplificando: treinamento para um período transitório pré-competitivo, quase competitivo, para um campeonato de kumité com 8 lutas totais, com duração de 2 minutos cada. Nessa parte deve ser focada a área anaeróbia do treinamento, simulando a situação de luta. O treino vai consistir em 8 sessões, intervaladas com 5 a 10 minutos de descanso. Cada sessão terá a duração de 2 minutos, utilizando sequencias de 10 segundos de atividade intensa com golpes, defesas, etc., intervaladas com 30 segundos de recuperação ativa, com movimentação apenas.

        Em contrapartida, na parte não competitiva do macrociclo, vale fazer um treinamento mais baseado na parte técnica, para aprimorar golpes, defesas e movimentação sem uma preocupação maior (mas sem descuidar) da parte física.

Video exemplificando um treinamento técnico (de fundamentos) no karatê.



Referencias: 
Aulas ministradas pela Prof. Keith Sato
Abel A. A. Figueiredo
José Mario Coelho da Costa, 2006, dissertação de mestrado pela Universidade do Porto